Esta exposição é o mapa de um limiar. Um registro, em gravura, do momento exato em que uma porta se abre.
Os estudantes da disciplina optativa de Gravura, guiados pela professora Ana Cristina, partiram da melodia e dos versos de Marisa Monte para embarcar numa jornada de tradução. Transformaram em imagem a inquietação e a expectativa que antecedem uma passagem fundamental: o término do Ensino Médio e a iminência de uma nova vida no ensino superior.
Cada gravura aqui presente é mais do que uma porta; é uma pergunta:
O que eu desejo? Para onde vou? Quem me aguarda do outro lado?
Os estudantes primeiro desenharam a porta em si – seu formato, sua textura, seu convite mudo. Em seguida, revelaram o que ela esconde: o universo de possibilidades que se descortina ao seu limiar.
Muitas portas, muitos caminhos
Como bem reflete a professora Ana Cristina, esta fase não é sobre encontrar “a” porta certa, mas sobre entender que há muitas portas.
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Umas se abrem com estrondo, outras com cuidado.
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Umas levam a caminhos largos, outras a atalhos surpreendentes.
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Umas se fecham para que outras, mais significativas, possam se abrir.
E não há apenas uma: há muitas, porque somos muitos dentro de nós mesmos.
Um convite à reflexão
Que esta exposição seja, portanto, um convite à reflexão. Para olhar não só para as portas que estes jovens artistas escolheram gravar, mas também para as suas próprias.
Que todas estejam sempre entreabertas, deixando entrar a luz do novo.
Ana Cristina Quintanilha Schreiber
Professora IFC – Campus Sombrio
Disciplina Optativa Arte da Impressão: Gravura
Ateliê Gravureio
Anexos:
Texto Portas do Futuro um corredor de possibilidades
Letra da música PORTAS Marisa Monte